A arte e desafio de liderar!

Por Italo, 13/01/2023, 20:21

Aliado a isso, alguns conceitos vão tomando forma e outro por vezes ganham novas roupagens. Inclusive grandes ciclos sobre determinados comportamentos vão se transformando.

Reflita um pouco a Era Industrial, fortemente encabeçada pelo comando e controle, onde a hierarquia era para ser seguida e jamais questionar decisões?

Pense ainda em outras formas de liderar e aliado a cultura empresarial inclusive, seja em estruturas mais horizontais, seja em liderança mais compartilhada baseada na confiança, empoderamento e menos controle?

Ainda sobre liderança o recente movimento de liderança mais humanizada e passando por liderança assíncrona, remota, híbrida, ou seja, circulando em novas culturas e precisando se adaptar rapidamente.

Como está a sua liderança? Também precisou se reinventar?

Confraria de Executivos - O que é e como funciona?
Fóruns, Summits, Seminários etc, recorrentemente discorrem sobre o tema, mas é no dia a dia que as grandes decisões acontecem e que os grandes conflitos e aprendizagens individuais surgem.

O intuito de ter uma rede forte e consolidada é permitir que trocas ocorram com mais profundidade e principalmente através de peer coaching, onde dois executivos trocam seus momentos de carreira, vida e desafios que estão enfrentando – uma mentoria cruzada que permite ampliar percepções a respeito do assunto e ampliar as alternativas de decisão.

É algo fácil? Difícil dizer, pois temos a mão uma série de pessoas da nossa rede ou conectadas no LinkedIn e outras redes, mas essa troca requer método, disciplina e abertura, principalmente porque a conexão se dá através de confiança para permitir expor-se em completo, com todas suas vulnerabilidades.

Para Catia Brumatti, executiva na área de Supply Chain na Pepsico e com longa bagagem nas várias áreas de Operações em FMCG, mãe e membro da Confraria do Instituto Connect, o grande valor está em termos um grupo sólido, que propicia trocas, conexões mais profundas, debates de temáticas diversas e ampliação do repertório que nos auxiliam nas resoluções dos dilemas que enfrentamos no dia-a-dia e/ou no auxilio aos times para que desenvolvam a autonomia para tal no dia-a-dia.

Segundo Catia liderar basicamente se resume ao círculo virtuoso de desenvolver os líderes do futuro. Líderes  que muito mais que solucionar problemas, passam pela habilidade de resolver dilemas, encontrar o melhor balanço entre aspectos que a princípio pareçam paradoxais, líderes que exercitem human skills continuamente (o que Simon Sinek chama de human skills) com inteligência emocional e que, assim, possam construir resultados mais sólidos aliados a um mundo melhor.

“E como chegar a este círculo virtuoso?  Como nós, líderes de HOJE podemos desenvolver os líderes do FUTURO?”  Catia completa que há muita literatura sobre o tema para todos e todas se divertirem por muito tempo.  O que tem feito a diferença para ela é:

Buscar aprendizado continuamente – aprendizado técnico, técnicas de comunicação, linguagem, autoconhecimento, inteligência emocional, como se identifica e se evolui a cultura de um time. Nesta parte de cultura, vem sua dica.

Entender sobre cultura organizacional “porque os resultados são construídos a partir do que é feito e do que se deixa de fazer”.  E entender como mudar o que é feito e deixado de fazer para se atingir os resultados necessários é um conhecimento necessário aos líderes – como entender e lidar com a cultura organizacional.

Diversidade – que é conectada com uma de suas paixões: “ter em seu time diversidade em todos os seus aspectos e se permitir ser completado em suas fraquezas por outros, ser desafiado por outros”. 

Generosidade - investir tempo a cada dia em compartilhar seus conhecimentos e em desenvolver times autônomos, em construir o futuro, em ter conversas em time e 1:1 que permitam desafiar o cérebro e seguir evoluindo. Enfim, um círculo virtuoso de aprendizado, ensinamento e desenvolvimento.
Para termos entregas diferentes, é preciso ampliar seu repertório, ver o mundo sob outras óticas, essa construção coletiva de saberes, irá facilitar a jornada, deixando-a mais prazerosa e com resultados sustentáveis e mais que isso, Orgulho do Legado que construiu.

Quais seriam as suas dicas?

Grandes lições que aprendi?
Para Christina Hutchinson, que teve sua trajetória pautada em grandes corporações e migrou para grandes startups, a cultura é crucial para imprimir a sua marca e principalmente transitar pela organização de forma fluída para gerar resultados de forma assertiva, perene e porque não dizer de forma “leve”.

Cada vez mais estamos falando de uma liderança humanizada, onde investir tempo no desenvolvimento dos times, sucessão e extrair a inteligência coletiva do time é um ponto fundamental e diferencial competitivo.

Para a Christina liderança é uma constante troca de aprendizados. E liderar por exemplo. O gestor deve estar aberto a aprender e ensinar. Inclusive vivemos um momento em que podemos trabalhar com diferentes gerações e estimular e nos adaptar a novas percepções e ideias na construção de resultados.

Inclusive como membro da Confraria de executivos, irá trilhar com os demais a jornada de Board Advisor junto as startups do Cubo, a realizar Peer Coaching com os demais integrantes e exercitar dar voz as suas ideias, pois com seu know-how, seria um desperdício não aproveitar e capitalizar suas lições.

Chris considera que ao longo da sua trajetória teve grandes lições como:

Aprenda a ouvir e esteja acessível. Liderar e uma responsabilidade, um compromisso com pessoas e com o resultado.
Disfrute da oportunidade de trabalhar com pessoas de diferentes perfis. Temos a tendência a buscar a nós mesmos em nossas equipes. Aprendi como o aprendizado se expande ao trabalharmos com equipes multifuncionais.
Quando possível, explore novas culturas dentro da organização. Uma ótima forma de absorver diferentes perspectivas sobre uma mesma temática.
Foque no resultado mesmo que signifique entrar em conflito de ideais e expectativas. Estes também nos ajudam a crescer.
Aliado a isso, sempre existe o choque cultural quando se muda de cultura, passei por isso saindo de corporações para startups ou scale ups, e o que eu procurava era minimizar essa curva de adaptação, afirma a Christina utilizando-se da seguinte estratégia:

“Esteja aberta ao novo, não tenha vergonha de pedir ajuda e a oferecer sua contribuição, aceite que em alguns momentos teremos “um frio na barriga” como parte do conhecer uma nova realidade. E mais importante de tudo, divirta-se e se orgulhe de sua trajetória!! Assim, tudo parecera mais fácil.”

E você? Quais são grandes lições que aprendeu?

A Confraria do Desenvolvimento, promovida pelo Instituto Connect, é um espaço para conexão de executivos de vários segmentos, estados e países, trata-se de uma comunidade de aprendizagens e caminhando em uma jornada de networking, experiências e impacto social.


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